13032022
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, acelerou a 1,01% em fevereiro, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O valor divulgado nesta sexta-feira (11) mostra que o índice ficou 0,47 ponto percentual acima do registrado em janeiro, quando havia subido 0,54%.
Neste ano, o IPCA já acumula alta de 1,56% e, em 12 meses, de 10,54%, muito acima do teto da meta deste ano de 5%. O centro da meta é de 3,5%, com intervalo de 1,5 p.p., para acomodação de choques.
As expectativas de analistas de mercado ficavam em 0,95% na comparação mensal e em 10,5%, na anual.
IMPACTOS
Os setores de Educação e Alimentação e Bebidas foram as mais impactadas no período, com alta mensal de 5,61% e 1,28%, respectivamente.
Juntos, os dois grupos representaram cerca de 57% do IPCA de fevereiro, destaca o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, em nota.
“Em fevereiro, são incorporados no IPCA os reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. Portanto, esse foi o item que teve o maior impacto no mês, com peso de 0,31 ponto percentual.”
O outro grupo que pesou bastante no mês foi o de Alimentação e bebidas, que acelerou para 1,28% e contribuiu com 0,27 ponto percentual juntos.
Nos últimos 12 meses, o que mais pesou na alta da inflação, foi o combustível, que acumulou avanço de 33,33%, diz o IBGE, apesar de o item, que fica dentro do grupo Transportes, ter apresentado queda de 0,92% de janeiro para fevereiro.
“O preço da gasolina recuou 0,47%, contribuindo com queda de 0,03 p.p. no IPCA de fevereiro. Por outro lado, foram verificadas altas nos preços do óleo diesel (1,65%). Em 12 meses, a gasolina acumula avanço de 32,62% e o diesel, de 40,54%. No mês, o etanol teve a queda mais acentuada, com queda de 5,04% e de 0,05 ponto de impacto. Já o gás veicular subiu 2,77%”, diz Kislanov.
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